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Sucesso disfarçado de vagabundo!

  • Marcos Vinicius Pineda
  • 14 de nov. de 2017
  • 3 min de leitura

Se você visse a figura de um homem baixo, com bigodinho, carregando uma bengala, usando calças largas, sapatos grandes e deselegantes e chapéu-coco, logo reconheceria Charlie Chaplin. Praticamente todas as pessoas o conhecem. Nas décadas de 10 e 20, ele era a pessoa mais famosa e conhecida do planeta. Se observarmos as celebridades atuais, a única pessoa no mesmo nível de popularidade de Charlie Chaplin seria Michael Jordan. Para poder avaliar qual dos dois é o maior astro, teríamos de esperar mais 75 anos para descobrir como as pessoas se lembrarão de Jordan.

Quando Chaplin nasceu, ninguém deve ter previsto que ele seria famoso. Nascido num lar pobre, filho de músicos ingleses, foi para as ruas ainda pequeno, quando sua mãe foi presa. Depois de anos em casas de recuperação e orfanatos, começou a trabalhar no teatro para se sustentar. Por volta dos 17 anos já era um ator veterano.

Em 1914, aos 25 anos, Chaplin trabalhou para Mark Sennett dos Estúdios Keystone, em Hollywood, e recebia 150 dólares por semana. Durante o primeiro ano de sua carreira cinematográfica, fez 35 filmes trabalhando como ator, roteirista e diretor. Todos reconheceram imediatamente seu talento, e sua popularidade cresceu. Um ano depois, ele ganhava 1.250 dólares por semana. Então, em 1918, fez algo inusitado. Assinou o primeiro contrato de 1 milhão de dólares da indústria do cinema. Chaplin estava rico, famoso e era considerado o produtor de filmes mais poderoso do mundo - com apenas

29 anos.

Chaplin foi bem-sucedido porque tinha grande talento e incrível disposição. Esses traços, porém, foram alimentados pela educabilidade.

Ele procurava crescer, aprender e aperfeiçoar sua habilidade continuamente. Mesmo quando era o mais popular e mais bem pago ator do mundo, Chaplin não se acomodou.

Em uma entrevista, ele explicou seu desejo de melhorar:

Quando estou assistindo a um de meus filmes, enquanto é exibido a uma platéia, presto bastante atenção às cenas que não fazem ninguém rir. Se, por exemplo, várias platéias não riem de uma cena que considero engraçada, começo imediatamente a destrinchála e tento descobrir o que estava errado em sua idéia ou execução. Se ouço a mais leve risada por uma cena que eu não esperava ser engraçada, pergunto a mim mesmo por que especialmente aquilo fez alguém rir.

Esse desejo de crescer tornou-o bem-sucedido financeiramente e imprimiu um nível elevado de excelência em tudo o que fazia. No passado, o trabalho de Chaplin era aclamado como um espetáculo incrível. Com o passar do tempo, foi reconhecido como um gênio da comédia. Atualmente, muitos de seus filmes são vistos como obrasprimas, e ele é considerado um dos maiores produtores de filmes de todos os tempos. De acordo com o roteirista e crítico de cinema James Agee, "a pantomina mais bem elaborada, a mais profunda emoção e a poesia mais rica e mais pungente estavam presentes na obra de Chaplin".

Se ao ficar famoso Chaplin tivesse trocado sua educabilidade pela arrogante auto satisfação, seu nome estaria junto de Ford Sterling ou Ben Turpin, astros do cinema mudo totalmente esquecidos hoje em dia. Entretanto, ele continuou crescendo e aprendendo como ator, diretor e, finalmente, produtor de filmes. Quando aprendeu, por experiência própria, que os produtores ficavam à mercê dos estúdios e dos distribuidores, abriu sua própria empresa, a United Artists, junto com Douglas Fairbanks, Mary Pickford e D. W. Griffith. Sua empresa continua em atividade até hoje. (Trecho retirado de um dos Livros de John Maxwell).

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